Dor no maxilar pode ser sintoma de ansiedade!

Nem todo mundo sabe, mas a dor no maxilar pode estar ligada a questões emocionais, como a ansiedade. Este transtorno mental é capaz de causar diversos sintomas físicos e psicológicos, sendo o incômodo maxilar um deles.

Por isso, não adianta tratar somente a dor, visto que a causa pode ser muito mais profunda e estar ligada a algum problema mental que precisa de análise e acompanhamento psicológico.

Qual é a relação entre a dor no maxilar e a ansiedade?

Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o assunto, vamos falar sobre a relação entre a dor no maxilar e a ansiedade, afinal, muita gente não se dá conta de que pode se tratar do sintoma de um transtorno mental.

Para falar sobre isso, é preciso explicar o que é a Disfunção Temporomandibular (DTM), que se trata de uma alteração funcional da articulação que conecta a mandíbula (queixo) ao crânio (têmpora), a Articulação Temporomandibular (ATM).

Esta articulação é responsável pelos movimentos mandibulares. O que muita gente não sabe é que há uma conexão entre quadros emocionais e psicológicos (estresse, ansiedade e depressão) e a DTM.

Os principais sinais de que há uma alteração são:

  • dores de cabeça frequentes;
  • sensibilidade e dores nos ombros e pescoço;
  • sensibilidade ao redor das orelhas durante a mastigação, a fala ou ao abrir a boca;
  • mandíbula travada ou deslocado;
  • estalos na mandíbula ao abrir e fechar a boca;
  • escutar zumbidos com frequência;
  • dificuldades para mastigar.
  • Os transtornos psicológicos afetam a saúde mental e o bem-estar de milhares pessoas, mas nem todas sabem reconhecer os sintomas dessas doenças e continuam vivendo sem receber o diagnóstico adequado.

É importante saber que estresse, depressão e ansiedade podem ser gatilhos que desencadeiam outros problemas de saúde, sendo um deles a dor no maxilar. Entre outras questões, o bruxismo também é um problema que pode ser ocasionado por fatores emocionais não resolvidos.

Portanto, tudo está associado: corpo e mente se comunicam de forma surpreendente e estão sempre dando sinais quando algo não vai bem em alguma dessas esferas.

As diferenças entre a DTM e o bruxismo

Muita gente confunde, mas bruxismo e DTM não são a mesma coisa. A DTM é caracterizada por um conjunto de problemas que envolvem o músculo e esqueleto do aparelho mastigatório. O bruxismo, por sua vez, é o ato de apertar ou ranger os dentes inconscientemente, sendo muito comum durante o sono.

Além disso, é importante entender que a DTM e bruxismo podem ou não estar associados.

Como tratar a dor no maxilar?

O mais importante para o tratamento eficaz é identificar a origem real do problema para conseguir agir sobre ela. Vamos supor, por exemplo, que a causa da dor no maxilar seja a ansiedade.

Nesse caso, não adianta tratar apenas a DTM. É essencial agir sobre a raiz do problema, que tem fatores emocionais e psicológicos relacionados. E, para isso, é preciso buscar auxílio especializado como psicólogos e, em alguns casos, psiquiatras. O tratamento, portanto, é personalizado e pode ser realizado por meio de uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de diferentes áreas.

Normalmente, a principal indicação para tratar a DTM é o cirurgião-dentista, que irá solicitar vários exames físicos e imagem para compreender os níveis da dor sofrida e analisar os músculos da região. Este profissional deve estar sempre atento às questões emocionais do paciente e ter consciência de que o problema pode ser decorrente de fatores psicológicos, afinal, se for necessário, precisará indicar a avaliação de outros especialistas, como psicólogos e psiquiatras.

Qual é o papel da psicoterapia no tratamento da dor no maxilar?

Algumas pessoas podem achar esquisito um psicólogo atuar no tratamento de uma dor física no maxilar, mas o ponto aqui é que o problema pode estar relacionado a fatores emocionais e psicológicos.

Nesse caso, o psicólogo irá atuar para auxiliar o paciente no entendimento de seus padrões de comportamento, gatilhos e questões que podem estar ocasionando o transtorno mental. As sessões de psicoterapia têm como objetivo promover o autoconhecimento e ajudar a pessoa a lidar melhor com as suas angústias, criando estratégias voltadas para o bem-estar e qualidade de vida.
Em casos mais intensos e graves, o psicólogo pode recomendar que o paciente faça uma consulta com um psiquiatra, médico que poderá analisar se há a necessidade de introduzir uma medicação para amenizar os sintomas.

Fique atento aos sinais e, se precisar, procure ajuda

A conexão entre o corpo e a mente é muito poderosa. Por isso, é fundamental ficar atento a tudo aquilo que, eventualmente, sinaliza questões mal resolvidas que, de alguma forma, estão se manifestando por meio de sintomas físicos.

Não tenha medo de procurar ajuda e marcar uma consulta com um psicólogo para aprofundar o seu autoconhecimento e investir em uma vida muito mais saudável e equilibrada

Fonte: PIMENTA, TATIANA.